domingo, 7 de novembro de 2010

O Germe do Mal


Germinal é um filme cabeça baseado no livro homônimo de Émile Zola.
Meu primeiro contato com ele foi aos 16, 17 anos, quando tudo que você deseja na vida é ser diferente, causar impacto, fazer parte da mudança. Típico do mundo adolescente.
Hoje decidi rever o filme, pra contextualizar melhor uma aula do século 19, sobre a Revolução Industrial.
Germinal se passa em meados do século 19, quando os ideais revolucionários estão a pleno vapor - assim como a explosão das máquinas e do capitalismo.
A primeira vista, o filme prende a tenção do telespectador pelo sofrimento que é imposto à camada mais pobre da história, os trabalhadores, operários, mineiros de carvão que passam horas a fio enterrados nas minas, sujos dos pés à cabeça pelo pó fino do carvão que lhes corrói o pulmão e a vida. A história tem sua reviravolta quando chega um novato em busca de emprego. Logo, este contamina a todos com suas palavras e ideias de greve, de melhores condições de trabalho, de que o patrão deve sofrer tanto quanto seus subordinados. O germe marxista se espalha como um vírus entre os trabalhadores.
Em contrapartida, há um outro personagem, sem nome, que aparece apenas para jogar na cara dos grevistas marxistas que a luta deve se dar regada pelo sangue, destruindo a propriedade privada , o mal da humanidade. Este é o anarquista da história.
O filme causou um sentimento de asco, bem diferente daquele momento anos atrás. Um asco provocado por esse germe socialista tão comumente divulgado nas escolas, nos livros didáticos, nos palanques políticos, como sendo algo que irá mudar o mundo. Isso eu acredito: o mundo sem dúvida mudaria. O único problema está na interpretação. Ou melhor, eu diria que só não enxerga quem não quer. A mudança seria para a barbárie.
A lógica socialista diz claramente a que veio: tornar a todos iguais nivelando por baixo, às custas do sangue do opositor, do diferente, daquele que não concorda. Se não acredita, pergunte a Fidel Castro, a Hugo Chávez. Eles não mentem, não: está tudo às claras! Na lógica marxista não há lugar para a diferença: ou todos se curvam ou se curvam. Não há saída.
O filme deixa essa lógica muito clara: aqueles que não aderiram à greve foram perseguidos, chamados de traidores, maltratados e linchados. O povo pedia pão, mas se negava à trabalhar. Preferia morrer de fome à deixar de lado sua ideologia malígna. Muito bem, é essa a lógica esquerdológica estampada nas camisetas de Che Guevara que desavisados - ou não - desfilam orgulhosamente por aí.
O germe da barbárie se deu desde o início, desde a primeira linha mal traçada por Marx e Engels, que teve sua continuidade através de Lenin, Stalin, Mao Tsé-Tung, Hitler, Mussolini, Chavez, Morales, Lula, Obama.
Sim, Germinal é um filme cabeça para aqueles que não entendem nada da vida ou que não procuram saber. Para quem conseguiu tirar a venda dos olhos, é um filme que serve de alerta: não deixe que esse germe cresça dentro de você. 

10 comentários:

Leandro Correia disse...

urgh, como se a barbárie já não estivesse instalada, do jeito que fala, parece estar explodindo uma revolução socialista no mundo, ta dando importância de mais a isso ... ao invés de pregar o anti-cmunismo, pregue as mazelas do capitalismo ...

flávia disse...

hahahaha. falou o jovem Marx! pelo jeito vc é da ala esquerdológica da história, né? filhote de Stalin.

Leandro Correia disse...

hahahahhaha ... posso ser da ala esquerdológica, mas não me simpatizo com o comunismo, não da forma que ele esta montado ... só acho estranho como você trata isso ... simplista, por tentar entender essa merda toda que estamos vivendo já é "filhote de Stalin" ... só acho que esta discussão esta atrasada ...

flávia disse...

e contradição é seu sobrenome...deixa eu adivinhar, deve esatr nos primeiros anos da faculdade, certo?

Leandro Correia disse...

errado - e mesmo se eu estivesse nos primeiros anos de faculdade, não importa muito, tem um monte de gente que ta no doutorado e não entende nada (isso não quer dizer que eu entenda - só que conhecimento não tem a ver com anos dentro da faculdade); mundo acadêmico também não esta em tudo certo ...

Leandro Correia disse...

Você não esboça uma idéia, vive a repetir que as pessoas mais novas são meramente burras e clichezinhos anti comunista, sem falar a arrogância ...

flávia disse...

e repito: um caso perdido até mesmo antes dos 30, hahahahaha.

Leandro Correia disse...

Desde o começo eu disse que não sou simpizante de comunismo e tal, você só conseguiu usar jargões feitos ("filho de Stalin") tipico de uma mente limitada ... Só tentei esboçar que isso que vivemso é barbárie também, e por não haver uma revolução socialista a caminho - pelo contrário, cresce no país uma classe conservadora, hipócrita, fanática, preconceituosa - não tem o porque 'lutar' contra a barbárie do socialismo, mas sim temos de 'lutar' por uma sociedade, no mínimo, mais democrática ...

flávia disse...

demos, demos... democracia.
sua linguagem esquerdológica tá afida: "lutar", "barbárie".
Afff. cansei. O texto é exatamente pra gente como vc... get offf!

Igor Lima disse...

Até me interessei por seu blog a princípio, parecia legal...Mas, se vc é tão inteligente sabe que vivemos em um mundo em disputa e que para vc ser livre significa que muitos são escravos (escravos de fato), ou a economia mundial tbm nao existe??