Mary and Max
Adam Elliot
2009
A melhor animação do ano. Mary é uma (triste) garotinha australiana de 8 anos que escolhe um nome aleatoriamente na lista telefônica norte-americana para escrever uma carta. Max é um velhote frequentador do "Gordinhos Anônimos" de Nova Iorque que recebe a cartinha inesperada de Mary perguntando como nascem os bebês na América ( já que na Austrália eles brotam do fundo dos copos de cerveja). Assim nasce uma amizade quase esquizofrênica entre Mary e Max - que mais pra frente se descobrirá detentor de uma doença mental que mudará os rumos da história. Uma delícia de filme, que foge do politicamente correto sem deixar de lado a sensibilidade e o humor.
Ps.: Atenção para a trilha sonora que conta até com Pink Martini!!!!
Pss.: Clique no título e vá para a página oficial interativa
sábado, 12 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Desejo, Perigo
Desejo, Perigo
Se, jie
Ang Lee
2007
Gosto dos filmes de Ang Lee - pelo menos tenho gostado até agora. E este é um de seus melhores.
O filme se dá na China dos anos 40 ocupada pelos japoneses. Um grupo de jovens atores montam a resistência contra a ocupação japonesa e para isso se utilizam da sua melhor arma: a sedução do inimigo.
Poderia dizer que o pano de fundo da história de amor é a própria história da China, mas na verdade tudo se mistura, não sabendo mais se é por conta da vingança que se dá o desejo ou se o contrário.
Essa história promete desde o início um desfecho trágico mas enquanto isso não acontece, tem-se uma trama permeada de violentos conflitos e um erotismo à flor da pele.
Destaque para a cena onde os dois personagens principais - a atriz e o colaborador chinês - se encontram num prostíbulo voltado à clientela japonesa. A atriz se põe a cantar em chinês, para abafar o canto "desafinado" japonês das outras salas. Lindo.
Minha meta agora é aprender o Majongue, uma espécie de dominó que as mulheres do filme passam a maior parte do tempo jogando.
O caos reina
O Anticristo
Antichrist
Lars Von Trier
2009
Sem dúvida o filme mais polêmico de Lars Von Trier (Os idiotas, Dançando no Escuro, Dogville).
Não sabia o que esperar quando me dispús a assistí-lo, apesar de ter lido várias críticas e entrevistas. Extremamente chocante. Confesso que em algumas cenas cheguei a esconder o rosto entre as mãos - de medo.
A direção artística é absurda de linda. A cena inicial se compara a um filme "B" frânces. Em seguida chegam-se os diálogos longos - o filme é feito de apenas 2 personagens, ele e ela - para então passar ao clímax do terror. Sim, terror. O Horror.
"O caos reina" : esta frase que aparece ao longo do filme o define por completo.
O filme segundo o diretor:
"(...) tentei fazer um filme – nunca falei sobre isso antes e é difícil colocar em palavras – no qual eu tivesse que jogar a razão para longe por um momento."
E segundo Luiz Felipe Pondé:
"O Anticristo é um filme sobre o mal. Com o mal não se brinca, respeita-se.
Von Trier capta é a atmosfera que nosso casal mítico Adão e Eva experimentou após a queda. Não um jardim do Éden onde a natureza é essa criação romântica sem dor, mas uma escura câmara de terror, cheia de gemidos e solidão"
Quem tiver coragem, que assista.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Bortolotto
Acabei de ler no jornal de hoje sobre o acidente com Mário Bortolotto. Ele foi baleado durante um assalto no Espaço Parlapatões na Praça Roosevelt, em Sampa, junto com um amigo. Está internado em estado grave. Terrível.
Mário é um grande dramaturgo de Londrina mas vive em Sampa há um tempão. Em Londrina tive o prazer de ver diversas peças do cara, tanto com o grupo dele - Cemitério de Automóveis - quanto releituras de outros grupos. Mas a melhor de todas foi assistir ao monólogo "Kerouac", onde o próprio Mário encarnava o escritor beatnik. Fantástico.
Mas tá aí uma coisa realmente difícil de entender: assaltar teatro? O que os caras queriam? Roubar atores de teatro? E não estou aqui falando de peças globais onde correm rios de grana com personalidades carimbadas. Trata-se do Espaço Sátyros e Paralapatões, alguns dos melhores espaços criados para o teatro independente do Brasil! Inacreditável.
Se Mário Bortolotto se for, a Praça Roosevelt estará de luto e Londrina também.
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