sábado, 7 de novembro de 2009

Minha vida de bas fond

Engraçada a forma como nos portamos diante dos ídolos. E quando digo ídolos falo das pessoas de carne e osso e não daqueles em pedra ou madeira - apesar de algumas vezes o comportamento ser o mesmo diante de ambos.
Mas é algo quase fora da realidade mesmo quando você se depara cara a cara com aquela pessoa que toca ou canta todos os dias no seu rádio, ops, mp3. Normalmente agimos (eu particularmente) como idiotas e passamos carão.
Só pra ilustrar, certa vez fui ao camarim de Arnaldo Antunes e não consegui dizer nada além de
- que bela pulseira está usando!
Bom, foi menos pior do que meu colega, que o indagou:
- quando vai voltar a tocar com o Titãs?
Outra bem engraçada foi com Antônio Abujamra. Uma das "histórias" que ele conta durante o show é de como as pessoas não tem noção na hora de pedir autógrafo e sempre chegam com pedacinhos de papel onde mal dá pra escrever o nome. Fim do show cheguei ao camarim e como não tinha nada a dizer - o que dizer a Abujamra? - pedi autógrafo num ... pedaço amassado e minúsculo do ingresso do show. Fiquem imaginando o que ele me disse!
O mais recente - desta semana - foi ao cumprimentar Walter Franco:
Estendo a mão a ele, que se levanta do assento do teatro para me cumprimentar:
- Grande Walter Franco, músico extraordinário da mpb...
(cara de indagação e quase fúria de Walter Franco)
- ...da parafernália música brasileira!
(cara de satisfação de Walter Franco)
Ufa!
Enfim, bas fond fazem parte dessa vida de tiete.