sábado, 6 de março de 2010

In the air


Amor sem escalas

Up in the air

Jason Reitman

2009


Do mesmo diretor de "Juno", com a mesma graça mas um pouco mais de maturidade - ou sensibilidade - este é um dos mais gostosos filmes do ano.

A revista Bravo! do mês passado citou Amor sem Escalas como um filme de bons diálogos, ao lado de Casablanca e Quanto mais quente melhor. E , apesar de não chegar a ser um clássico (não acredito que chegará a ser um dia), é um filme com um roteiro muito bem escrito. Os diálogos são rápidos e deliciosos - daquele tipo que, depois que falamos besteira, pensamos: "Porquê não pensei numa resposta como essa?" ou ainda "Essa fala poderia ser minha". Real e direta.

Como alguém já disse, um filme de gente grande.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pondé da semana (post atrasadinho...)

Ai que tédio, digo eu!
TOMO REMÉDIO , faço ioga, meditação, o diabo, mas não adianta. O mundo me obriga a me ocupar com coisas "menores" do tipo a política criando novos seres humanos. Temo novos seres humanos porque são monstros com cara de anjos, prefiro velhos e miseráveis viciados. Não confio em pessoas que não se reconhecem viciadas em algo. Detesto por definição toda política que quer "ensinar o Bem".
Ninguém me engana com esse blá-blá-blá de "voto cidadão". Aliás, melhor seria que o voto não fosse uma obrigação legal no Brasil, pois eu teria melhor uso para os feriados do que esta conversa mole ocupa.
Sei que muitos leitores dirão: "Lá vem o colunista de direita de novo, alguém o faça calar a boca!" Ai que tédio, digo eu. Que mania essa de enquadrar a selvagem multiplicidade do mundo em gavetinhas mentais!
Jurei que não iria falar dessa aberração fascista que é a guinada à esquerda do governo e seus subprodutos do tipo "3º Programa Nacional de Direitos Humanos". Sim, fascismo e esquerdismo são chifres da mesma cabra. Muitos leitores e amigos (tenho, sim, uns poucos) me cobraram um artigo sobre as últimas tentativas do PT de refazer a esquerda "moldando" hábitos e costumes. Resisti, rezei, mas não deu.
Mas voltando às "gavetinhas mentais". Recentemente, vimos um show de sarros com relação à possível candidata republicana à Presidência dos EUA, Sarah Palin. "Burra, tapada, caipira!" Lembremos, caros irmãos, que com o Reagan foi a mesma coisa. "Esse ator burro", diziam. E o cara foi de longe o melhor presidente dos EUA nos últimos 40 anos. Botou a casa em ordem depois dos estragos do incompetente "bonzinho" do Jimmy Carter.
Será que os intelectuais e a mídia não aprenderam a lição? Só porque a mulher escreveu uma singela cola na mão em seu discurso em Nashvil-le, caíram de pau em cima dela. Eu achei até sensual (ela é um avião, as feias devem odiá-la) e puro vintage num mundo onde qualquer matuto brega saca um palmtop quando vai dar conferência motivacional por aí.
Outros, piores, ainda a comparam a integrantes da Klu Klux Klan (KKK). Toda vez que alguém discorda do bê-á-bá da esquerda americana, alguém saca esse lero-lero da KKK. Ai que tédio, digo eu.
Mas voltando à nossa própria cozinha. Nada tenho contra essa invenção francesa de direitos humanos. Tão francês quanto o croissant. Mas, me digam: por que alguém deve ter direito de "furar a fila" porque se veste com a roupa do outro sexo?
Acho que se vândalos espancam alguém porque ele usa roupa de mulher quando nasceu homem, devem ser punidos, assim como quem bate em velhinhas e rouba suas compras na feira deve ir em cana. Mas por que um cara deve ganhar algo do Estado só porque usa saias em vez de calças? E essa coisa de criminalizar linguagem e gestos sob suspeita de serem "homofóbicos"? Daqui a pouco, ninguém dará emprego para um gay porque, se for demiti-lo, poderá ser processado por homofobia.
O controle de linguagem e gestos é claramente prática fascista. Assim como a criação de "cidadãos" intocáveis por serem considerados vítimas a priori."
Democraticamente", o ideário desses caras que foram "revolucionários" e agora tomam uísque às nossas custas vai se impondo à sociedade. Qual opção nós temos, nas próximas eleições obrigatórias, além de variantes da mesma obsessão esquerdinha aguada? Nenhuma.
Reeditam a culpabilidade a priori de quem ficou rico querendo que paguem mais impostos para que tomem mais uísques de graça (em nome do povo). Ai que tédio, digo eu. Por que taxar as grandes fortunas?Por que atacar quem move a economia punindo-os porque foram mais competentes nesse mundo cão? Eu também tenho inveja dos ricos, mas tomo remédio todo dia para isso, e vou trabalhar.
E o órgão de controle da "comunicação social"? Esse é mesmo o fim da picada. Dizem que é para combater o monopólio, mas suspeito de que seja mesmo para arrebentar quem não aceitar a "carta" fascista deles e "pontuar" negativamente os rebeldes. Puro chavismo açucarado.

Ah, New York!



New York, I love You
Nova Iorque, eu te amo
Vários diretores
2009
Ah, Nova Iorque!

Nos mesmos moldes de "Paris, je t'aime" este é um filme composto por vários diretores, com várias histórias diferentes e todas, sem exceção, são lindas, lindas, lindas.
Como ultimamente tenho ido ao cinema apenas para me aborrercer (filmes desnecessários citar, como "Um olhar no Paraíso", afffff) esse foi um colírio, um refresco para a alma cinéfila.
O difenrencial deste filme com 'Paris, eu te amo" é que, invés de cada diretor fazer uma história fechada, com começo, meio e fim, aqui os diretores se uniram em várias histórias que se entrelaçam em uma única. Quase um "Magnólia" mas ainda assim diferente. Maravilhoso.

Ah, Nova Iorque! Ainda hei de te conhecer!
!

Livros, livros, livros


Parece que saí de um jejum literário.
Quando mais nova, na adolescência, costumava ler pilhas de livros por mês. Sim.
Eu tinha tempo.
Depois da faculdade as coisas nunca mais foram as mesmas...
Agora, estou na ativa de novo!

Últimas preciosidades:


Guia politicamente incorreto da hitória do Brasil
Leandro Narloch.
O livro tá dando o que falar (na lista dos mais vendidos), afinal, quando se trata de ser politicamente incorreto esse cara aí é mestre. O autor buscou, com base em fontes históricas, desmistificar uma boa parte de nossa história, como , por exemplo, que a esquerda "revolucionária" no Brasil foi uma resposta ao endurecimento da ditadura militar. Bullshit. Os esquerdológicos já se movimentavam bem antes do Golpe de 64. Entre essas e outras, Narloch imprime um certo tom sarrista e sarcástico maravilhoso. O livro é uma delícia, de cabo a rabo.
E viva o Brasil capitalista!


Do Pensamento no Deserto

Luiz Felipe Pondé.

O mais recente livro de ensaios de Pondé, englobando filosofia, teologia e literatura. Não nego: o livro é dificílimo. Há que se conhecer todo um vocabulário específico filosófico-teológico. Um outro Pondé se mostra aqui, mais acadêmico que nas colunas de segunda na Folha, mas não menos precioso. Aliás, livro obrigatório para os amantes de Dostoiévski e afins da filosofia.