sexta-feira, 27 de outubro de 2006
Cafundó
Ontem fui à pré-estréia do filme Cafundó, de Paulo Betti no espaço dos cinemas do Alameda. Como nunca havia ido antes a uma pré-estréia não sabia exatamente o que esperar , mas com certeza não esperava ser como foi. Paulo Betti estava presente com um outro ator do filme e como o filme trata da vida de João de Camargo , o famoso Preto Velho do Candomblé brasileiro então nada mais apropriado que a presença de mães e pais de santo no ambiente. Fora isso uma banda tocava pontos do Candomblé e antes dela uma pequena banda da Folia de Reis também se apresentou. Um verdadeiro espetáculo de cultura popular, ou coisa do gênero.
Terminados os shows entramos para assitir ao filme. Paulo Betti muito simpático acendeu uma vela , colocou-a no centro da sala e explanou: "porquê aqui no Brasil só assim para se fazer cinema". E ás vezes deve ser mesmo.
O filme começa no final do século XXI, findada a escravidão o então escravo João de Camargo tenta inserir-se na nova República brasileira. A partir daí o filme vai acompanhando o desenvolvimento espiritual de Camargo que acaba por ter um encontro fantástico com um padre morto e algumas entidades do candomblé e a partir disso decide construir a "Igreja da água vermelha", voltado para os negros e necessitados.
Sinceramente o filme não é lá grande coisa, não só porquê a temática não me agrada, mas porquê carece de muita coisa, uma fotografia razoável, roteiro pouco elaborado mas o que salva mesmo é (sempre) a interpretação de lázaro Ramos no paple de João de Camargo.
Mas o que fechou mesmo com chave de ouro foi que , ao final da exibição, a Banda Marcial de Bauru entra na sala de cinema e toca exatamante as músicas do filme. Fantástico!
Por isso digo, não só uma pré-estréia mas uma pré-estréia em grande estilo!
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2 comentários:
ôba! Deu vontade de ir ver.
aquele abraço
Ah é? Achei que conseguiria desencorajar as pessoas, hahahahahahahahahaha.
Vai sim.
bjo
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