quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Entre a Graça e o Niilismo

Melancolia, de Lars von Trier e A Árvore da Vida, de Terrence Malick são filmes essenciais.
Melancolia já causou furor logo em sua estréia, em Cannes deste ano, por conta da declaração mal-interpretada de von Trier sobre Hitler. Apesar disto tê-lo tirado da competição, ajudou a divulgar o filme em todas a mídias. Mas não é esse o foco.
Melancolia é o filme mais niilista que já me deparei. Senti isso ao sair do cinema. Minhas pernas estavam presas ao chão, não conseguia me levantar ou mexer. Senti os fios de lã que a personagem Justine mencionava no filme. Personagem, aliás, maravilhosa: a própria encarnação da melancolia.

Em contraposição, A Árvore da Vida me pareceu um filme redentor. Entre a graça e a natureza, estamos nós no meio. Porque não faço o que quero e sim o que abomino? A atmosfera cristã que perpassa o filme todo é delicada mas persistente. As imagens belíssimas, a voz em off.
E no final de tudo só nos resta uma alternativa: permanecer nas mãos divinas. Pois do nada viemos e para o nada vamos.
Somos o pó do pó. E Ele é Aquele que sabe disso.

2 comentários:

Anônimo disse...

"não conseguia me levantar ou mecher"
O problema não foi o filme: foi o "ch" '-'

flávia disse...

Opa...será que foi essa troca semântica que causou meu desconforto? rsrsrs. O que quer que tenha acontecido, a "mechida" foi grande e para além do "mexer".