O escafandro e a borboleta.
França, 2007.
Julian Schnabel.
Sim, só agora consegui assistir ao tão aclamado ganhador de Cannes de 2007.
E a longa espera terminou como um suspiro. O filme não é lá tão grande maravilha assim. Confesso que nos 2 primeiros minutos o achei genial. Aos 10 minutos já me sentia estranha e incomodada pela estética da câmera em primeira pessoa, que oscilava entre luz e sombra, imitando o piscar humano. Não me senti a vontade e até mesmo me causou uma pequena sensação de náusea (tenho horror à luzes piscando constantemente). Passados os 15 minutos iniciais, veio de fato a história. Uma história verídica, baseada no romance homônimo de Jean-Dominique Bauby personagem principal da trama. Jean-Do, como o chamam os amigos, é o homem que passa a se comunicar com o mundo através de apenas um olho depois de um derrame o deixar completamente paralisado. Os médicos denominaram seu estado de Síndrome locked-in, ou seja, apesar do cérebro estar em perfeito funcionamento, nenhum movimento muscular segue seus comandos. Um vegetal pensante. Mas a Jean-Do resta se comunicar através de piscadelas que correspondem à letras do alfabeto, e é desta forma que seu livro O escafandro e a borboleta é transcrito por uma de suas enfermeiras.
Sem dúvida é um filme dotado de beleza e sutilezas que bem cabem aos franceses. Mas não é algo deveras extraordinário que merecesse tão grande destaque. E se alguém notar certa semelhança à Antes do anoitecer, não é mera coincidencia. O diretor é o mesmo mas sem dúvida a interpretação - e presença - de Javier Bardem já valem o filme todo.
Pelo teor destes filmes, Julian Schnabel se tornou um ás em adaptação de livros de homens à beira da morte ou já imersos nela através de seus escafandros.
3 comentários:
ah o que eu mais gostei foi a câmera em primeira pessoa!
Achei original, além de transmitir perfeitamente a angústia do personagem.
Sem contar a poesia que invade o pensamento de Jean-do.
Obra prima!
avisando que mudei de endereço:
http://www.iconoscopico.blogspot.com/
Sem dúvida é original. Mas o deixa de ser assim que ultrapssa os 10 minutos. Rs.
Valeu!
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