Tenho andado sumida. E cansada. Finalmente consegui um emprego. Nada perto do que "sonhasse" ou nem próximo do que desejava para mim, mas como não estou em condição de negar nada, eis-me aqui, vendedora de boutique. Pode até representar um fetiche para algumas mulheres trabalhar em ambiente de roupas caras e coisas do tipo, mas não para mim. Então eis-me lá, sorriso no rosto, "bom dia", "bom tarde", "u-lá-lá". Resumindo, estou resgatando meu tão sonhado ganha-pão e é isso aí. Em consequência pouco tempo para escrever, para divagar e assistir filmes - mas disto não abro mão de forma nenhuma, nem que seja pra madrugar vendo filme.
Sem mais delongas, talvez este blog comece a ficar às moscas. Como diria um grande amigo, "coisa mais bela ou útil pra fazer". Ou talvez conte aqui algumas histórias engraçadas que possa ouvir nessa nova vida. Quem sabe? Só sei que tudo vai mudando aos poucos. E sempre pra melhor. Assim espero. Como diria meu amigo Bowie, "Changes, turn and face the strain, changes. Time may change me, But I cant trace time."
2 comentários:
A Formiga
Vinicius de Moraes / Paulo Soledade
As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina
A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar
O bico de pão, o corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte
Olha só quem voltou...
Postar um comentário