segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Mais um ano, muito mais cinema!

Dia de aniversário é coisa esquisita. As pessoas te abraçam e te agradecem por ter nascido, como se essa tivesse sido a melhor de tuas escolhas, assim como se escolhe qual profissão seguir ou qual carro comprar: Parabéns! Seja Feliz! . Não, não dou dessas que ficam mau-humoradas no dia de aniversário. Também não fico exultante como a criança que espera pelo bolo. Apenas uma data muito esquisita. E para comemorar escolhi unir as duas coisas que mais gosto nessa vida: namorar e cinema. Pra começar, uma sessãozinha remember caseira, como fabuloso "Laranja Mecânica". Kubrick é gênio! O clássico dos clássicos.
Depois " O Labirinto do fauno" no cinema. Confesso que estava bem curiosa sobre o que esperar do filme e infelizmente não agradou tanto quanto esperava. Nada demais, um filme mitológico com bons efeitos, boa maquiagem, boa edição, bons atores e cenários, enfim, não desegrada em nada em termos técnicos e talvez por isso deve levar um oscar. A história também não deixa a desejar, fatos sombrios da vida real - já que tem como pano de fundo a ditadura facista de Franco na Espanha - e mais sombrios ainda quando se trata do universo mitológico infantil, onde as fadas rosas e tranlúcidas dão lugar à insetos, sapos, seres com olhos nas mãos e um fauno from hell. O probelma talvez esteja no rumo do filme, na forma de se contar a história, que não prescinde de cenas de extrema violência (num filme que tem indicação para crianças acima de 12 anos) que me renderam pesadelos. Mas enfim, o diretor espanhol Guillermo del Toro ganha de virada de Stephen King quando se trata de horror mas ainda assim não passa de um grande filme fantástico , com bom roteiro mas que carece de um bom contador de história.


El Laberinto del Fauno. Guillermo del Toro. 2006. Espanha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Depois de algum tempo, li seu comentário sobre meu comentário anterior. Em primeiro lugar, agradeço o "espaço democrático" que me foi cedido, embora eu imaginasse (santa ingenuidade) que blogs o fossem (ou devessem ser) por definição. Dear, nem Marx nem Nietzsche, que aliás, recomendo que (re)leia antes de sair por ai definindo-se como uma 'nietzschiana'.
Também esperava mais do Labirinto. Não sei exatamente o que. Mas, algo que me incomodou foi a ausência de fantasia. Tá, tinha fadas, fauno... mas no filme tudo era violento. Não me refiro a uma ou outra cena: o filme é violento, como só violento pode ter sido (é) o fascismo. Eu levei Marina: queria que ela tivesse uma dose de realidade mas, ao mesmo tempo, "sem perder a ternura". Sem reclamar, e declarando ter gostado do filme, ela acabou tendo uma overdose de realidade. Conversamos, eu e ela, muito sobre o filme... Mas não o fizemos tão profundamente, comparando Guilherme Del Toro e Stephen King. Talvez porque ela só tenha 13 anos...

flávia disse...

Nietzsche pretendo reler tudo que já li e apreciar muito mais, pois é uma fonte quase inesgostável. Meu Deus, a MArina já tem 13 anos? Não consigo nem visualizar...O tempo passa, não percebemos mas os rastros estão aí. Guillerme Del Toro já tinha expressado essa veia de filme de terror no " A espinha do diabo", que aliás, dado um certo ponto de vista, é até superior a "Labirinto...". E a comparação com Stephen King foi tão irônioca quanto sua insinuação. É, o tempo deixa mesmo suas marcas.